terça-feira, 27 de novembro de 2012

Momentos de poesia na casa do Alentejo_ Lisboa 24/11/2012

             Florbela Espanca e o seu poema___"Fado"
      Aplausos de Bocage e Fernando Pessoa
                                          
                                          Em"Prazer Maior"Bocage cita:__Fazê-la vir abaixo....  
               ...."apertá-la nos braços casta e bela...
































                                                                          

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

No Sono Ausente

No meu sono ausente
Ponho-me a pensar,
No belo que existe
Na terra, no céu e no mar.

Vejo ao mar ao longe
Não sei o que sinto,
Estarei a sonhar
Ou será que minto!

Tão longa, tão longe
Estarão meus sonhos,
As águas os levam
E tornam-se assombros.

Não sei o que faça
Nesta hora morta,
O sono não passa
E o resto que importa?

Sinto a maresia
Louco anseio meu!
E na água tão fria
Acordo, sou eu!...

Só o mar eu vejo
Como que uma tela,
Pintada em desejo,
Que coisa tão bela!

Sob as tuas águas
Existem segredos,
Teus belos corais
São ricos enlevos.

Mas se o mar se agita,
Faz-me despertar!
Com o amor que habita...
Num profundo repousar!

Carminda Miguel






sábado, 27 de outubro de 2012

"MÁXIMAS"



O amor
É fonte jorrando abundância
É alguém bebendo com ânsia
É uma estrada alongada
Onde os beijos correm de mão dada.

O amor
O sustentáculo da vida
É inebriante, é sedução
Quem não souber amar
Asfixia na solidão.

Amar
É ter alguém para bem falar
É ter alguém para feliz poder sonhar
É ter alguém que compreenda o chorar
É ter alguém cheio de amor para beijar.

Amar
É acordar no Inverno
Sentir o frio e o vento
E com os carinhos do tempo
Viver feliz o momento.

Maria Vitória Rita



Gostar Simplesmente.




Gosto simplesmente
Das flores do jardim
Dos pássaros que alegremente
Nos montes parecem
Cantar para mim!

Gosto simplesmente
Das aves que cruzam
Os céus a chilrear
Que procuram um poiso
Para nele namorar.

Gosto simplesmente
Dos amigos? O abraço
Que me enchem de alegria
O meu mundo e o meu espaço
E me fazem companhia.

Gosto simplesmente
De ver as ondas do mar
Nos seus gestos carinhosos
E dos sons melodiosos
Na praia ao desmaiar.

Gosto simplesmente
Quando me queres amar
E que então meigamente
Me abres os teus braços
Pr'a neles me aconchegar

E é tão simples gostar
Desse teu lindo jeito
Que eu diria perfeito
De me saberes amar.

Anália Rocha

Será Poesia?

SERÁ POESIA?                                                                                


Sonho de noite acordada                                      
E as palavras me invadem                                      
Martirizam o meu espírito,                                      
E o meu corpo
Sonho que a morte é uma espada
Que está firmemente apontada
Ao coração do verbo morto.

Pergunto aos Deuses do Olimpo
Se esta angústia que sinto
Se é mágoa saudade ou dor
Se é ausência daquele amor
Que lá atrás... então perdi?!
Ou destino que não cumpri.

Fico sem saber ao certo
Se deste desespero, deserto!
Se vivo, e sofro enfim...
Se sou navio à deriva,... sem porto
Que desagua no mar morto
Ou se há poesia em mim!

Anália Rocha



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nascidos no Alentejo

Nossa terra é a mais linda                                          
Outra eu não vi ainda                                                
Ó quanto a amo e invejo                                            
Terra de bons escritores                                                
De poetas e autores                                                  
Nascidos no Alentejo                                                  

Terra de acordeonistas
Terra de grandes artistas
Quando reparo eu vejo
Vejo que ao longo dos tempos
Se descobrem mais talentos
Nascidos no Alentejo

Povo que não teme a ,morte                                        
Partiram em busca da sorte                                          
Nas caravelas do Tejo                                                  
Homens de grandes valores                                          
Fadistas e trovadores                                                    
Nascidos no Alentejo

Nossa terra tem riqueza
Nossa terra tem beleza
De gente sadia em cortejo
Terra que não tem rival
Do povo de P
ortugal
Nascidos no Alentejo                                                

Província de alto valor
É para ti o meu amor
Quanto te amo e desejo
És dos meus olhos as meninas
Abraço as tuas campinas
Ó querido e belo Alentejo

Poesia de Autoria de Lídia Váz

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Poesia de autoria de Fernanda Bica


SOU

Sou, seara agitada pelo vento
Formiga, incansável sem tempo
Guitarra, com amor tocada
Erva daninha, com raiva cortada
Criança, com carinho beijada
Flor, com esperança desfolhada.

Paisagem, que um artista pintou
Árvore, que um lenhador cortou
Pão, por mãos hábeis amassado
Animal, no mato criado
Alegria, por vezes contida
Angústia, várias vezes sofrida
Desejo, não satisfeito
Coração, batendo forte no peito
Pássaro, cantando liberdade
Justo, temendo a maldade
Peixe, pelas redes apanhado
Copo, tantas vezes usado
Amor, por muitos repudiado
Serei isto tudo?
Neste mundo em que vivo
Pensando bem, quem sou eu?
NINGUÉM!...

De Fernanda Bica

Academia de Teatro e Poesia de Grandola




SITE AO PÚBLICO EM GERAL:

Temos reunido com frequência em jantares convívio e no espaço "Gaiola Aberta" (momento cultural durante e no fim do jantar), os presentes, declamam poesia de sua autoria, assim como de autores conhecidos. Também há momentos musicais com canto e já foi representada uma pequena peça de teatro. O nosso objectivo é dar a conhecer o que é feito no seio da Academia em termos culturais, fomentar as relações humanas e estamos receptivos a aceitar os convites que possam surgir. No próximo dia 22 de Setembro 2012 iremos realizar um evento comemorativo do 2º aniversário da Academia no Cine- Teatro Grandolense.