terça-feira, 14 de agosto de 2012

Poesia de autoria de Fernanda Bica


SOU

Sou, seara agitada pelo vento
Formiga, incansável sem tempo
Guitarra, com amor tocada
Erva daninha, com raiva cortada
Criança, com carinho beijada
Flor, com esperança desfolhada.

Paisagem, que um artista pintou
Árvore, que um lenhador cortou
Pão, por mãos hábeis amassado
Animal, no mato criado
Alegria, por vezes contida
Angústia, várias vezes sofrida
Desejo, não satisfeito
Coração, batendo forte no peito
Pássaro, cantando liberdade
Justo, temendo a maldade
Peixe, pelas redes apanhado
Copo, tantas vezes usado
Amor, por muitos repudiado
Serei isto tudo?
Neste mundo em que vivo
Pensando bem, quem sou eu?
NINGUÉM!...

De Fernanda Bica

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