Os zagorros de Grândola,
Gente do campo e da serra,
Com os seus trajes típicos,
Animam nossa terra
A zagorra môça bonita
Humilde, roliça, é airosa,
Quando vinha à vila,
Toda ela se enfeitava
Para ficar mais formosa
Com seus trajes garridos
O xaile de foca, sapato de atanado no pé,
A cobrir sua cabeça,
Lindo lenço de cachané
A saia era rodada,
Com barrinhas a enfeitar,
A blusa preguiada
De rendinhas a dar a dar.
O avental era bordado
Apertado na cintura, cheio de laços e folhas,
No carmim das suas faces,
Brilhavam mais os seus olhos.
Os rapazes de jaqueta e chapéu,
Bota de elástico no pé,
Fatinho de saragoça, camisa branca de linho,
Trajar assim é que é.
Eram assim nossos zagorros,
Gente típica cá da terra,
Quando vinham à sua vila
Lá do campo, lá da serra.
MENINA DOS OLHOS NEGROS
Menina dos olhos negros
Negros da cor do carvão
Nunca vi olhos tão negros
De tão negros que eles são.
Menina dos olhos negros
Tu és a minha loucura,
Nunca vi olhos tão negros
Negros como a noite escura.
Menina dos olhos negros
O teu olhar me seduz
Negros são os teus cabelos
Como uma noite sem luz.
Menina dos olhos negros
Tu és uma formosura,
O teu corpo de gazela
Duma tão grande frescura.
Menina dos olhos negros
Nunca vi beleza assim!
Quando tu passas na rua
Cheiras a flor de jasmim.
Menina dos olhos negros
Tu és a minha paixão,
Esses teus olhos tão negros
Prenderam o meu coração.
Menina dos olhos negros,
Negros, negros de encantar!
Menina dos olhos negros,
Deixa-me que eu te quero amar.
Autoria de Erlinda Correia
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